Jesus replicou-lhes: Dai-lhes vós mesmos de comer. Retrucaram eles: Não temos mais do que cinco pães e dois peixes, a menos que nós mesmos vamos e compremos mantimentos para todo este povo.
(Pois eram quase cinco mil homens.) Jesus disse aos discípulos: Mandai-os sentar, divididos em grupos de cinqüenta.
Assim o fizeram e todos se assentaram.
Então Jesus tomou os cinco pães e os dois peixes, levantou os olhos ao céu, abençoou-os, partiu-os e deu-os a seus discípulos, para que os servissem ao povo.
E todos comeram e ficaram fartos. Do que sobrou recolheram ainda doze cestos de pedaços. Lucas 9, 12-17
Quando nos falta algo, o primeiro impulso que temos é de ir em busca do que nos falta, sem pensar em mais nada. E quantas vezes, por agir no impulso, deixamos o que temos de mais importante para buscarmos as coisas menores.
Quando os discipulos falaram a Jesus, pra que ele mandasse todos irem embora, pra se alimentarem, eles não pensaram na necessidade maior daquele povo, que tambem é a nossa: ouvir o que Cristo tem a nos dizer.
E Cristo tbm, não quer que saiamos de perto dele, pra nada, por isso, ele mesmo se prontifica a fazer o milagre, não para simplesmente saciar a fome da multidão, mas para mante-los perto dele.
Quando li essa passagem, pensei nisso. Nas vezes que troco o essencial da minha vida, pelas coisas passageiras, e quantas vezes quebrei a cara por isso.
Quantas vezes me esqueci que o importante pra mim era ouvir o que Ele tinha a me falar, e que do resto, Ele se encarregaria por mim.
Quando São Paulo pergunta em uma de suas cartas "quem nos separará do amor de Cristo?", a resposta está ai: Nós mesmos, quando preferirmos buscar nossas vontades e desejos, e nos esquecermos que Cristo tem uma forma intima, carinhosa, mas ao mesmo tempo grandiosa, de nos saciar e de nos fazer felizes.
GUSTAVO CUNHA -Paróquia de corrêas
